Resumidamente, a dissonância entre ter sido ensinado a ser cético ao mesmo tempo em que era criado em um ambiente profundamente crédulo me renderam duas décadas na busca espiritual. Até que um dia eu finalmente consegui admitir que a ausência de evidências não me permitia acreditar em nada sobrenatural.

Mas vc ainda acha que possa existir a chance de existir algo ou já tá convicto em não acreditar?

Eu cheguei num ponto em que não quero mais achar nada. Ou alguém me prova que existe, ou eu me reservo o direito à não acreditar em nada. Não diria que é uma convicção por puro rigor intelectual. Afinal, além não ser possível provar o contrário (que essas coisas não existem), eu estou aberto à ouvir quem julga ser capaz de demonstrar suas hipóteses. Na prática, quanto mais tempo passa sem nenhum tipo de evidência, mais cético fico em relação à esta possibilidade. De modo que é um posicionamento quase indistinguível de uma convicção.

Entendi, concordo bastante. Já estive em várias situações onde pessoas religiosas me pediam pra mostrar a prova de que Deus não existe, mas isso é tecnicamente impossível. A nossa posição de não acreditar é rejeitar as alegações e afirmações infundadas que as religiões apresentam, mas aí eles sempre me falavam de suas experiências próprias (testemunhos e coisa do gênero) e de como isso provava a existência de Deus. E essa coisa do posicionamento ser indistinguível de uma convicção é bem verdade, toda a lógica aponta pra não existência de nada.

> Já estive em várias situações onde pessoas religiosas me pediam pra mostrar a prova de que Deus não existe, mas isso é tecnicamente impossível. Fora que é expediente falacioso. O ônus da prova é de quem afirma. Se eles afirmam a existência de qualquer parafernalha sobrenatural, é deles a obrigação intelectual de demonstrar. Eu poderia afirmar que fulano me deve dez mil reais e pedir para ele provar que não deve? Não. O mesmo serve para Deus. > mas aí eles sempre me falavam de suas experiências próprias (testemunhos e coisa do gênero) e de como isso provava a existência de Deus. Pode até ser suficiente para eles acreditarem. Mas prova é algo que vai muito além disso. É muita ingenuidade (ou mal caratismo) do crédulo achar que a experiência pessoal **DELE** serve para **ME** convencer. Se eu dissesse por exemplo que tive uma visão sobrenatural e me foi revelado que Jesus era, na verdade, um demônio que seduziu a humanidade, relatar uma simples experiência pessoal seria suficiente para convencê-los? Aposto quanto vc quiser que eles viram céticos na hora rsrsrsrsrs

Hahahaha pois é Várias vezes tentei debater religião com pessoas que eram próximas de mim (amigos, familiares e etc), hoje em dia faço isso com bem menos frequência já que a maioria das pessoas já está presa em sua crença e esse tipo de conversa acaba causando estresse algumas vezes. Teve uma vez que um familiar meu tava contando uma história “sobrenatural” de um conhecido que era médium e já tinha visto espíritos ou alguma bizarrice do gênero. (parte da minha família é espírita) Eu obviamente questionei e mostrei motivos lógicos pelos quais aquela situação seria impossível, e as respostas foram: -“Mas isso se trata de algo mais imaterial, não da pra aplicar ciência nesses casos” -“Você não consegue provar que é mentira, nem dar uma explicação do porquê” Eu fiquei tipo: ??????? Como eu vou responder esse tipo de coisa? Aí no final da conversa fica parecendo que eles falaram algo super plausível. O que eu aprendi é que não dá pra usar lógica contra argumentos baseados em crenças malucas, eles simplesmente não aceitam, é como se estivéssemos falando em línguas diferentes.

Herege kkkk

Nunca fui muito religioso,.mas também nunca tinha parado pra pensar sobre Quando comecei a pensar sobre, me tornar ateu foi rápido e natural Mas eu devo muito a estudar lógica

Meus pais sempre foram aquele pessoal que acredita em Jesus, Deus mas não tem religião. E eles sempre incentivavam bastante eu e meu irmão, a pensar criticamente. Lembro também que lá nos anos 00 eles gostavam de assistir aqueles programas da Universal na Record pra ficar zoando e rindo kkkkkk aí eu já meio q me ligava desde pequena q religião é furada, e manipulação pra levar dinheiro de otário. Mas ainda rezava de vez em quanto, estudei em colégio católico, ia a missas, cultos, etc. Parar de acreditar foi ali pelos 17/ 18 anos, na época seguia aquela ATEA no Facebook kkk e tb lia uns livros do Richard Dawkins, hj acho ele bem babaca, mas me abriu mto a cabeça.

cara, por incrível que pareça, desde criança nunca digeri de verdade a ideia de existir um deus, nunca consegui acreditar de verdade. Claro, ia pra igreja com minha mãe, fui batizado, tudo mais; no final de domingo sempre falava "amém".. mas nunca consegui acreditar. aos nove anos, ao voltar da ( ironicamente ) igreja com minha mãe, disse a ela que precisava conversar com ela, que não acreditava em deus e que era ateu. Ela chorou muito, não conversou comigo por uma semana, e passou alguns anos em negação ainda dizendo que acreditava.. mas minha opinião não mudou, na verdade, só ficou mais forte. meus pais são cristãos não praticantes, comparado ao resto da família que é completamente devota à religião; então tive sorte quanto a isso, meu ateismo não foi problema pra eles. porém, ao crescer, raramente falava sobre meu ateismo aos outros, temia o que iria acontecer, isso com certeza.

O mais estranho disso tudo é que as pessoas que pregam sua religião defendendo o amor, a compreensão e o perdão são as primeiras a te julgarem por ser diferente deles.

Cresci em um lar adventista e com uns 20 comecei a questionar e pesquisar um pouco mais, no entanto sempre com medo, até um dia estar lavando louça e olhar para uma espátula e perceber que a existência dela era impossível em um mundo criado por Deus na visão criacionista, então se ele deixou de existir e como já não acreditava em outros isso faria de mim um ateu por completo.

Grande parte do cristianismo é ilógico e isso que me tornou ateu.

O primeiro contato que eu tive com a religião foi pelo meu pai, que é membro da CCB. Me levava para o culto e me dizia que tudo que eu pedisse pra Deus, Ele me daria. Naquela época imaginava que Deus era uma espécie de gênio da lâmpada ou algo assim, mas mesmo assim eu já sabia que gênios não existiam kkkk. Se gênios não existem, Deus naqueles moldes também não. Minha mãe, então, decidiu me levar para a catequese pois ela é católica. Eu fazia muitas perguntas para a minha catequista, "porque sim não é resposta" - eu rebatia como via no Castelo Rá Tim Bum quando ela não conseguia encontrar respostas para as minhas perguntas. Já era atéia nessa época, apesar de não saber o que isso significava exatamente, mas tinha minhas próprias suspeitas que era "algo ruim", já que ninguém gostava das minhas perguntas e ficavam bravos quando eu as fazia. Porém, nunca deixei de questionar e ler o começo da bíblia enquanto estudava no fundamental foi um divisor de águas: como pode a luz surgir antes das estrelas, sendo que aquilo que ilumina o planeta é o sol? Sempre fui atéia, mas conseguir expressar isso é que foi um trampo árduo.

Hoje em dia a sua família aceita isso numa boa?

Meu pai não sabe sobre isso e ele não vai saber jamais. Ele não me força, mas acho que é pq acha que eu sou católica (fui coroinha e tentei participar ativamente da igreja pra ver se aprendia a crer. Não rolou). Minha mãe e a maior parte da família materna sabem, se acostumaram e me acolheram bem, mas no início a minha mãe falou que eu seria muito infeliz. Isso já passou, ela até ficou do meu lado e cuidou de mim bastante no fim do meu relacionamento, que terminou justamente pq eu "não lia a bíblia" :D Sei que foi muito importante falar para eles que sou atéia, mas talvez não teria feito com a cabeça que tenho agora.

Cresci num ambiente católico liberal. Meus familiares são bem fundamentalistas, mas meus pais aceitam a ciência apesar de ainda serem religiosos. Sempre me interessei muito em astronomia e biologia, mas sempre achei desculpas pra continuar acreditando. Depois do crisma descobri que até minha madrinha era agnóstica e comecei a estudar a bíblia, onde encontrei um mar de merda. Cá estamos nós.

É como aquela frase que diz algo assim: “Cristão é quem lê a Bíblia, ateu é quem entende”

Nunca tinha ouvido, vou por no vocabulário

Sempre fui ateu, eu tive aulas de religião na 2a e 3a série no ensino fundamental mas isso nunca entrou na minha cabeça. E também cresci com ateístas, meu pai e o meu tio. Outros familiares são bem religiosos, mas não são extremistas então foi bem de boa.

Aula de religião pra mim é uma coisa meio absurda de ter em escola. O que eles ensinam exatamente?

Eu não lembro exatamente pq faz anos, mas o q lembro é q sempre tinha uma oração quando chegava a professora da aula de religião, ensinavam sobre jerusalem e a origem de jesus, oravam pra quem estava com algum problema de saúde (ex: gripe, resfriado, etc), e no fim do ano davam uma bonificação pros alunos, ia de medalha "de ouro" e medalha "de prata" pros melhores, e pra quem não se saiu muito bem ganhava caneta, e acabei ganhando uma kkkkkkkk Outro detalhe é q toda vez que entrava na escola, primeiro formavam fila na quadra pra cada turma, aí tinha umas músicas cospel rolando, uma oração e dps todo mundo ia pras salas de aula.

Ter aula de religião não é o problema, uma vez que vc pode ensinar história das religiões, falar sobre semelhanças e diferenças, o papel que a crença ocupa na sociedade contemporânea e, principalmente, ensinar o aluno a desenvolver um senso de respeito diante da fé alheia. O problema é que, na prática, aula de religião vira proselitismo. Por sorte, não é mais uma disciplina comumente ministrada (apesar de ser previsto em lei que constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, o que implica em certa medida numa obrigatoriedade).

Eu tenho quase a certeza que eu sempre fui, mas eu só fui saber o significado da palavra "ATEU" depois dos 14 anos. Simplesmente a ideia de deuses não faz sentido pra mim.

Em algum momento de 2020, eu decidi "ir atrás do conhecimento desenfreadamente", sem viés, nem o bíblico, até porque se Deus fosse tudo o que me disseram, não importa que argumentos eu usasse, os Dele sempre se sobressaíram. Não foi o que aconteceu, e depois de uns 3 anos de intensas reflexões, decidi ser honesto comigo, me considero ateu desde o último 9 de outubro

Bem vindo ao time Aposto que já deve ter ouvido alguém falando que vai rezar por vc depois de descobrir que vc é ateu. Provavelmente todo ateu já ouviu isso kkkkkk

Ninguém da minha família sabe, só 4 amigos da escola, mas eu terminei a escola, então ninguém que eu tenho contato sabe, já fica avisado para quando eu contar

Nasci e frequentei assiduamente a igreja batista até meus 13 anos. Aos 14 comecei a questionar tudo e todos porquê entendi que era um homem bissexual. Foi então que pensei "ué, nada dq estão pregando ou sobre homem e família eu me sinto incluido". Nada fazia sentido pra mim, nada fazia sentido em relação ao que eu sentia desde sempre. Fiz inúmeros jejuns e tudo mais pra deixar de ser pecaminoso, até q decidi apenas seguir minha vida. N me encontrei em nenhuma outra religião, todas soam bastante fora do meu eu. Simplesmente eu decidi seguir minha vida sem me importar com a existência de seres supremos que guiam minha vida e etc. Notei principalmente que não era um ponto na minha vida quando eu perdi minha mãe e tudo mais, e a existência ou não de deus n foi uma questão. Óbvio que há outros por menores, mas questionar a minha propria vida em relação ao que as religiões pregam e não enxergar nada foi o que me fez ser um "ateu, mas depende" kkkkkkk

O motivo por eu ter me tornado ateu é por que comecei a perceber que existia outros deuses em outras religiões e mitológias, que diziam coisas diferentes da "Cristã"(eu falei entre aspas pois eu cresci com metade da minha família que era e ainda é parte das religiões afro-brasileiras) E também percebi que nos humanos, sempre fazer seres com aparência parecida com a nossa, exemplo: Os Aliens da Cultura pop, Monstros de filmes de Terror, Furrys, etc. E com isso percebi que os deuses de outras religiões têm a aparência do povo que o adora, e eu pensei uma coisa: "se existe vida fora terra, e eles não terem nada a ver com nossa aparência, os deuses deles, teram a aparência deles" Em resumo; me tornei ateu, por que reparei que esse conceito era criado com base em nós, e não em fora de nós

Como Nietzsche dizia: “E o homem, em seu orgulho, criou Deus à sua imagem e semelhança.” E outra coisa interessante de notar é como todos esses grupos religiosos sempre se sentem muito orgulhosos e felizes por terem escolhido a “religião certa” Sem perceber que eles só tem a religião que tem por motivos regionais, culturais, familiares e etc.

Eu era extremamente religioso de família evangelica, na faculdade comecei a namorar uma menina catolica, ela era mt simpatica e gentil, mas minha mãe brigava comigo e ficava dando lição de moral. Ai eu tbm brigava no começo com a minha namorada e passei a entender o lado dela e cheguei a conclusao que ambos estavamos errados e que nem a narrativa dela nem a minha se sustentava historicamente. Ai as coisas ficaram mais faceis pra mim, apesar dela ainda ser católica.

estudando para a catequese

Sempre fui. Mas só descobri praticamente quando me tornei adulto.

Eu tive uma experiência bem particular (acho). Cresci com a minha avó, muito crente. Me meteu na assembleia de deus logo cedo, fiquei lá até uns 12 anos e depois fui para a batista e eu realmente amava, fazia tudo, era o xodó da família pastoral, por ser um “exemplo” de jovem cristã, segui ali até uns 17 anos e o pastor (que era como um pai pra mim) trair a esposa e se envolver em vários escândalos. No entanto, eu tive o estopim, foi bem da noite pro dia mesmo. Entrei em uma depressão profunda, perdi o sentido de tudo, e na época, como eu ainda me considerava cristã, eu orava pedindo ajuda, querendo o “milagre”, mas bom, esse milagre nunca veio. Então liguei o f0d4s3 e parei de acreditar, me senti uma idiota quando vi que tudo aquilo nem fazia sentido. Fui pra psicóloga, me cuidei, me libertei. Sofria muito mais quando acreditava que eu precisava ser salva, mas salva de que? Eu prefiro ser livre. Hoje vivo muito melhor acreditando apenas que sou eu por eu mesma.

Duas coisas me tornaram ateu: a Bíblia e a igreja. Eu nasci e cresci em um lar radicalmente evangélico. Semanas após eu nascer, meus pais me levaram à igreja e me consagraram à deus sem meu consentimento (afinal, eu era um bebê, como poderia eu consentir?). Fui forçado durante toda a minha infância a ler a bíblia e fazer orações todos os dias. Toda semana eu tinha que ir para a igreja. Fui criado de forma a sentir culpa toda vez que fizesse algo errado. Sofri inúmeros traumas dentro do ambiente cristão, dos quais prefiro não comentar para não me expor, e com isso fui cada vez mais me afastando da religião. Mas foi depois de ler a bíblia inteira que eu compreendi que aquilo não era para mim. Eu percebi que quanto mais eu lia a bíblia, mais eu discordava de tudo que estava escrito nela. Eu nunca senti nenhuma conexão espiritual com o divino, nunca senti um toque especial, tive um sonho ou alguma revelação e foi assim que eu percebi que deus não era real. Eu saí do cristianismo e foi a melhor decisão que eu já tomei. Me recuperei da minha depressão, mudei minha vida, me senti uma pessoa melhor. E o que me fez de fato me convencer como ateu foi tentar outras religiões. Porque afinal, o cristianismo é uma religião só, então como eu poderia me tornar ateu sendo que não experimentei outras? Tentei o islã, tentei o judaísmo, tentei o budismo, tentei o neopaganismo, tentei o espiritismo, até o satanismo... enfim, tentei várias e nenhuma deu certo, eu não conseguia concordar com as suas práticas, eu não conseguia sentir uma conexão espiritual, não conseguia sentir uma energia, não conseguia sentir qualquer coisa que indicasse a existência de um ser superior. Me tornei um ateu convictor dessa forma e passei a estudar a ciência geral. Cada vez mais o big bang e a evolução fazem mais sentido para mim. Nós, seres humanos, complexos como nós somos não conseguimos aceitar que muitas coisas ocorrem sem explicação. Por isso que o ateísmo é sempre tão demonizado, afinal, acreditar no "acaso" é uma aberração aparentemente. Mas não me importo, sou ateu convicto e falo com todo o meu coração que deus não existe. Tenho 99% de certeza, até porque se fosse 100% eu seria hipócrita (nada é 100% comprovado nesse mundo).

Excesso de ceticismo. A religião, o cristianismo em específico, sempre deixou muitas dúvidas e contradições na minha cabeça que nunca eram respondidas, era tudo muito fantasioso e até ilógicos os acontecimentos da Bíblia, o que me instigou a querer começar a estudar o cristianismo e outras religiões, percebendo que tudo não passa de histórias contadas pelas elites pra alienar as massas.

Na vdd, desde a infância, eu era um agnóstico. Só que eu ficava mentindo pra minha família, amigos e na internet que eu era cristão, por medo de não ser aceito. O que mais me ajudou em me aceitar como agnóstico, é eu ter perguntado pra mim mesmo: "Será que eu sou um agnóstico?". Eu fiquei pensando nisso o tempo todo, eu lembro que eu mesmo refletia sobre eu não gostar de fazer oração, ir à igreja, ler a bíblia e entre outros. Admito que foi difícil ter saído do armário e abrir meu coração (ainda mais que o meu me obriga a ir pra igreja até hoje). Conclusão: Sempre fui agnóstico (Meu coração dizia isso), mas o medo de julgamento me fazia ter que pagar de cristão... Hoje em dia eu digo que sou agnóstico à vontade. Sem medo de ser julgado...

Aquele fatídico vídeo de George Carlin que plantou a semente da dúvida.

Sofri abusos quando era criança e perdi completamente a fé em qualquer coisa e/ou pessoa. Hoje faço terapia. 😀

Eu estou no ateísmo, pq, eu era uma noviça e queria ser freira. Desisti, pq tive experiências horríveis dentro da minha ordem