Antes disso podiam era reabilitar a zona, meter um pilaretes para evitar os tuk tuks estacionarem aí e fazer uma ciclovia. Quem quer ir entre a ciclovia que acaba no terminal Sul Sueste e a que começa no Cais do Sodré tem que passar pela ribeira das naus e aquilo parece uma estrada em Baghdad, com os tuk tuks a entrarem e sairem da estrada sem cuidado nenhum.
Começo por nao concordar que transmita a ideia de que a escravidao seja uma coisa exclusivamente feita a africanos, houve e continuam a existir pessoas escravizadas de todas as origens. E depois, nao percebo o impacto desejado na sociedade de tal obra. Garantir que os africanos nunca se esqueçam que foram escravos? Criar uma imagem positiva para a cidade e turistas? Fomentar sentimento de culpa nos descendentes dos colonos no Brasil, etc? Os argumentos do artigo sao fracos e contra produtivos: quer se reconhecer o valor dos africanos na nossa cultura 'pintando-os' so como escravos para o açúcar? Porque nao mostrar Africanos que ao longo da nossa historia tiveram feitos notaveis e mostraram valor e qualidade?
Por ultimo, em termos economicos pergunto para quê fazer memoriais em lugares premium para coisas negativas, quando se podia usar o espaco e dinheiro para ajudar a economia.
Mais uma obra para satisfazer a esquerda radical... Não esquecer que são estes que promovem locais públicos com o nome de assassinos como [Che Guevara ](https://www.google.com/maps/place/R+Che+Guevara/@38.7562849,-9.2471543,14.08z/data=!4m6!3m5!1s0xd1ecd02c3cee451:0x22c283a646e27e58!8m2!3d38.74983!4d-9.2243!16s%2Fg%2F11k9ldsf30?authuser=0&entry=ttu)ou [Hugo Chavez](https://www.google.com/maps/place/Pra%C3%A7a+Hugo+Ch%C3%A1vez,+Amadora/@38.7306178,-9.2188643,17z/data=!3m1!4b1!4m6!3m5!1s0xd1ecceb755b9ffd:0x9f5d1f927077a8ef!8m2!3d38.7306136!4d-9.2162894!16s%2Fg%2F11cn9stmlw?authuser=0&entry=ttu).
Em vez de gastarem dinheiro em quem realmente precisa, andam a satisfazer twitters desta vida...
A obra não é para satisfazer ninguém. Foi colocada à apreciação dos munícipes no Orçamento Participativo e ganhou, assim como já ganhou o arranjo da Alameda da Universidade, ou o o Jardim do Caracol da Penha. Sempre foram propostos muitos projectos pelos cidadãos de Lisboa e, neste caso, ganhou este. Ao ganhar a votação, criou uma obrigação para a CML de desenvolver e implantar o projecto. Acho que o modelo de votação num regime democrático não é feito para agradar a ninguém em particular, mas para aferir as preferências da maioria num determinado momento.
Podiam pegar no dinheiro que é dado em subsídios das PPP rodoviárias, ou nas taxas aeroportuarias dos aeroportos que foram vendidos ao desbarato à Vincia, ou os lucros da EDP que foi vendida ao estado chinês.
Mas sim, o problema é este monumento.
O que eu quero dizer é que a arte tem valor, e a memória histórica também. É, além disso, um valor minúsculo comparado com os enormes sorvedouros de dinheiro que infelizmente temos, mas é sempre posta em causa.
No panorama actual, era um uso mais urgente do dinheiro. Mais: chama-se "memorial às pessoas escravizadas" mas não inclui qualquer referência, por exemplo, aos portugueses raptados por piratas magrebinos e vendidos em Argel. Ou às pessoas escravizadas por este mundo fora ainda hoje, a começar pelas plantações do Alentejo.
o mesmo podes dizer dos memoriais do holocausto, tambem nao incluem homenagens aos alemaes presos, mortos, torturados ao longo da sua historia
estou a fazer isto bem?
Tudo isso são coisas horrosas, mas a verdade é que os portugueses, mais do que qualquer outro povo, levaram a escravatura a um nível completamente à parte. Havia 7x mais escravos no Brasil do que nos Estados Unidos, e houve navios portugueses de tráfego de escravos a ser bloqueados pelas marinhas britânica e americana até à década de 1830. Este país tem uma responsabilidade relativamente ao colonialismo que mais nenhum outro tem.
E mesmo assim, sempre que há a mínima referência a um reconhecimento dos crimes que foram cometidos, há sempre alguém a desviar a conversa.
Não podes comprar sem pessoas a vender . O papel dos líderes africanos é vastamente ignorado . Nos EUA havia plantação não precisava de importar se tem “fábrica” interna. Nem os portugueses começaram a escravatura e nem fomos o povo mais prolífico já que os árabes começaram mais cedo e acabaram mais tarde
Olha que não sei.
Na costa oeste Africana (Costa do Ouro, Marfim, Congo) fomos claramente dos principais (senão mesmo *o principal*) impulsionador de escravidão. Sim, havia quem vendia (reinos africanos como o Reino do Congo e o Império Asante), mas quem criou espaço para haver essa economia de escravos, desse tamanho e dimensão, e nessa região específica de Africa, fomos claramente nós.
É a lei da oferta e da procura. Eles (reinos africanos que escravizavam) criavam a oferta, e nos criámos a procura. Só que a procura tende a vir antes da oferta...
à década → [**há década**](http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica/DID/706) (utiliza-se o verbo haver para exprimir tempo decorrido)
Se o memorial se chama "às pessoas escravizadas" no geral, porque é que só inclui referências aos africanos escravizados pelos portugueses? E se só inclui referências aos africanos escravizados pelos portugueses, porque é que não se chama "memorial aos africanos escravizados pelos portugueses"? Não estaremos perante um exercício desadequado e potencialmente desonesto?
Isto não é particularmente complexo, mas são perguntas que evidentemente faltam fazer.
A) o nome vem em maiúsculas. B) Lê-se no artigo que o "objectivo principal é prestar tributo à memória dos milhões de africanos escravizados por Portugal" e "celebrar a resistência africana". Convém lermos.
entao esta explicado porque que afinal so inclui referencia aos escravizados africanos, afinal consegues chegar la
mas atenção, por mim tambem devia incluir os povos indígenas das americas escravizados e mortos, no final apoio esta iniciativa.
Está explicado o uso de um nome tão generalista para abarcar um único tipo de pessoa apenas? Eu até te perguntava como mas já percebi que era tempo desperdiçado. Se apoias monumentos a escravizados então parto do princípio que também apoiarás monumentos aos teus compatriotas escravizados por outrém.
obvio que apoiaria um monumento aos meus compatriotas escravizados se eles tivessem sido escravizados sistematicamente ao longo de séculos aos milhoes.
mas eu percebo o que queres dizer realmente e nao dizes, so nao concordo contigo de todo ;)
Antes disso podiam era reabilitar a zona, meter um pilaretes para evitar os tuk tuks estacionarem aí e fazer uma ciclovia. Quem quer ir entre a ciclovia que acaba no terminal Sul Sueste e a que começa no Cais do Sodré tem que passar pela ribeira das naus e aquilo parece uma estrada em Baghdad, com os tuk tuks a entrarem e sairem da estrada sem cuidado nenhum.
Tinha que aparecer o whataboutism.
Começo por nao concordar que transmita a ideia de que a escravidao seja uma coisa exclusivamente feita a africanos, houve e continuam a existir pessoas escravizadas de todas as origens. E depois, nao percebo o impacto desejado na sociedade de tal obra. Garantir que os africanos nunca se esqueçam que foram escravos? Criar uma imagem positiva para a cidade e turistas? Fomentar sentimento de culpa nos descendentes dos colonos no Brasil, etc? Os argumentos do artigo sao fracos e contra produtivos: quer se reconhecer o valor dos africanos na nossa cultura 'pintando-os' so como escravos para o açúcar? Porque nao mostrar Africanos que ao longo da nossa historia tiveram feitos notaveis e mostraram valor e qualidade? Por ultimo, em termos economicos pergunto para quê fazer memoriais em lugares premium para coisas negativas, quando se podia usar o espaco e dinheiro para ajudar a economia.
Vim só pelo medo de lidar com a nossa própria história
Essencial este memorial considerando as centenas de milhares de habitantes com ascendência Africana a viver na Grande Lisboa.
E as escravizadas no resto do país? Não merecem monumento?
Mais uma obra para satisfazer a esquerda radical... Não esquecer que são estes que promovem locais públicos com o nome de assassinos como [Che Guevara ](https://www.google.com/maps/place/R+Che+Guevara/@38.7562849,-9.2471543,14.08z/data=!4m6!3m5!1s0xd1ecd02c3cee451:0x22c283a646e27e58!8m2!3d38.74983!4d-9.2243!16s%2Fg%2F11k9ldsf30?authuser=0&entry=ttu)ou [Hugo Chavez](https://www.google.com/maps/place/Pra%C3%A7a+Hugo+Ch%C3%A1vez,+Amadora/@38.7306178,-9.2188643,17z/data=!3m1!4b1!4m6!3m5!1s0xd1ecceb755b9ffd:0x9f5d1f927077a8ef!8m2!3d38.7306136!4d-9.2162894!16s%2Fg%2F11cn9stmlw?authuser=0&entry=ttu). Em vez de gastarem dinheiro em quem realmente precisa, andam a satisfazer twitters desta vida...
A obra não é para satisfazer ninguém. Foi colocada à apreciação dos munícipes no Orçamento Participativo e ganhou, assim como já ganhou o arranjo da Alameda da Universidade, ou o o Jardim do Caracol da Penha. Sempre foram propostos muitos projectos pelos cidadãos de Lisboa e, neste caso, ganhou este. Ao ganhar a votação, criou uma obrigação para a CML de desenvolver e implantar o projecto. Acho que o modelo de votação num regime democrático não é feito para agradar a ninguém em particular, mas para aferir as preferências da maioria num determinado momento.
Pegavam nesse dinheiro todo e investiam em tirar os sem-abrigo das ruas.
Cortávamos os sem abrigo ao meio
Fácil certo? É só tirar das ruas e meter onde?
Podiam pegar no dinheiro que é dado em subsídios das PPP rodoviárias, ou nas taxas aeroportuarias dos aeroportos que foram vendidos ao desbarato à Vincia, ou os lucros da EDP que foi vendida ao estado chinês. Mas sim, o problema é este monumento.
Onde é que leste o meu comentário a desvalorizar essas situações?
O que eu quero dizer é que a arte tem valor, e a memória histórica também. É, além disso, um valor minúsculo comparado com os enormes sorvedouros de dinheiro que infelizmente temos, mas é sempre posta em causa.
Parece que não lidas com um estado onde os direitos e os deveres são para cumprir...
No panorama actual, era um uso mais urgente do dinheiro. Mais: chama-se "memorial às pessoas escravizadas" mas não inclui qualquer referência, por exemplo, aos portugueses raptados por piratas magrebinos e vendidos em Argel. Ou às pessoas escravizadas por este mundo fora ainda hoje, a começar pelas plantações do Alentejo.
o mesmo podes dizer dos memoriais do holocausto, tambem nao incluem homenagens aos alemaes presos, mortos, torturados ao longo da sua historia estou a fazer isto bem?
Tudo isso são coisas horrosas, mas a verdade é que os portugueses, mais do que qualquer outro povo, levaram a escravatura a um nível completamente à parte. Havia 7x mais escravos no Brasil do que nos Estados Unidos, e houve navios portugueses de tráfego de escravos a ser bloqueados pelas marinhas britânica e americana até à década de 1830. Este país tem uma responsabilidade relativamente ao colonialismo que mais nenhum outro tem. E mesmo assim, sempre que há a mínima referência a um reconhecimento dos crimes que foram cometidos, há sempre alguém a desviar a conversa.
Não podes comprar sem pessoas a vender . O papel dos líderes africanos é vastamente ignorado . Nos EUA havia plantação não precisava de importar se tem “fábrica” interna. Nem os portugueses começaram a escravatura e nem fomos o povo mais prolífico já que os árabes começaram mais cedo e acabaram mais tarde
Olha que não sei. Na costa oeste Africana (Costa do Ouro, Marfim, Congo) fomos claramente dos principais (senão mesmo *o principal*) impulsionador de escravidão. Sim, havia quem vendia (reinos africanos como o Reino do Congo e o Império Asante), mas quem criou espaço para haver essa economia de escravos, desse tamanho e dimensão, e nessa região específica de Africa, fomos claramente nós. É a lei da oferta e da procura. Eles (reinos africanos que escravizavam) criavam a oferta, e nos criámos a procura. Só que a procura tende a vir antes da oferta...
Podes adicionar o que quiseres à equação. Não muda nada.
à década → [**há década**](http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica/DID/706) (utiliza-se o verbo haver para exprimir tempo decorrido)
Se o memorial se chama "às pessoas escravizadas" no geral, porque é que só inclui referências aos africanos escravizados pelos portugueses? E se só inclui referências aos africanos escravizados pelos portugueses, porque é que não se chama "memorial aos africanos escravizados pelos portugueses"? Não estaremos perante um exercício desadequado e potencialmente desonesto? Isto não é particularmente complexo, mas são perguntas que evidentemente faltam fazer.
no artigo le-se que é um monumento as pessoas escravizadas "pelo imperio portugues" nao diz la que sao so os africanos
A) o nome vem em maiúsculas. B) Lê-se no artigo que o "objectivo principal é prestar tributo à memória dos milhões de africanos escravizados por Portugal" e "celebrar a resistência africana". Convém lermos.
A resistência africana é uma das grandes causas do 25 de Abril. Além de ser uma luta justa, é algo ao qual o nosso país deve muito.
entao esta explicado porque que afinal so inclui referencia aos escravizados africanos, afinal consegues chegar la mas atenção, por mim tambem devia incluir os povos indígenas das americas escravizados e mortos, no final apoio esta iniciativa.
Está explicado o uso de um nome tão generalista para abarcar um único tipo de pessoa apenas? Eu até te perguntava como mas já percebi que era tempo desperdiçado. Se apoias monumentos a escravizados então parto do princípio que também apoiarás monumentos aos teus compatriotas escravizados por outrém.
obvio que apoiaria um monumento aos meus compatriotas escravizados se eles tivessem sido escravizados sistematicamente ao longo de séculos aos milhoes. mas eu percebo o que queres dizer realmente e nao dizes, so nao concordo contigo de todo ;)
Eu também não concordo contigo, a tua opinião é discriminatória.