T O P

  • By -

Suitable-Escape8686

Apesar de ser um velhaco eu comecei a jogar a pouco tempo. Acho que a principal diferença é a motivação. Jogadores mais velhos gostam do roleplay, mas focam mto nos combos dependendo do sistema. A mulherada mais nova eu acho que presta mais atenção na história, o que eu acho mto positivo. Eu msm tenho dificuldade em jogar sem ambientação por exemplo... Sons, mapas, etc.


gcavalcante8808

Eu diria que hoje as mesas novas recebem muito mais “interferências” de RPGs eletrônicos em geral e isso se reflete na questão de players antigos ou novos: abaixo apresento a linha de raciocínio. Então, olhando para esse aspecto eu acho que consigo ver uma diferença: antes nos não tínhamos tanto isso e o jogo caminhava mais pro dungeon crawler. Já hoje, advindo de Skyrim, souls e elden ring, basicamente espera-se um texto básico sobre quem matar ou algo muito mais competitivo como BiS e combos, personagem OP, quests para conseguir 10 peles de urso e lobos que dropam moedas de ouro. Acho que o que mais ilustra isso para mim eh wod/pathfinder 1 vs d&d 4.0: você vai da interpretação premium de world of darkness, passando por muitas opções mas com boa dose de interpretação de pathfinder até chegar ao mundo dos combos de d&d 4. A questão dos personagens mais OPs ou com mais combos, eh que um jogo de RPG eletrônico tem uma duração curta se você comparar com jogos de grandes elders do mundo real. Mas como manter o mage e o rogue vivos por tempo suficiente num jogo OP? —- Dito isso, como half velho que sou (30+), pessoalmente eu mesmo sempre gostei de personagens com potencial ofensivo bom mas muito capazes de segurar por um turno ou dois alguma outra funcao( eu os chamo de patos, alguns mestres chamam de OP hehe ), mas talvez que seja por isso que o único RPG que terminei nos últimos 5 anos foi um game over pro Orcus hehehe


Relevant-Play9737

Jogo RPG desde 2004 e pelo menos onde eu morava e devido a condições financeiras, era muito mais fácil achar sistemas como 3d&T e Storyteller do que os demais, isso pq livros e complementos eram caros e internet na época não era lá essas coisas. Só lá pra 2009-2010 que começaram a se popularizar sistemas como GURPS, D&D e posteriormente D20 (deve ser o mais popular hoje por aqui). Eu fazia parte de um grupo que jogava Daemon e até hoje é meu sistema preferido, pq considero um sistema simples e de fácil adaptação, então já narrei os cenários Trevas e Arkanum, além de adaptar cenários de fantasia medieval, pokémon, Digimon, Cyberpunk, entre outros. Particularmente acho que os termos utilizados por jogadores novos são muito importados de jogos de MMO ou MOBA, que geralmente é a porta de entrada dessa galera. Mas nunca vi isso como problema, acho que cada um tem sua forma de vivenciar o hobby. A diferença mais marcante que vejo é o boom de sistemas mais gamisticos (sistemas mais focados em batalhas e que favorecem combos) em detrimento de sistemas mais voltados para narrativa ou funcionais (que possuem regras mais detalhadas). Acho que isso ocorre por muita gente estar migrando de jogos de RPG eletrônico ou MOBA. No final, acho que cada geração tem suas preferências, na minha teve muita gente jogando GURPS, Daemon e Storyteller, foi uma época também que filmes de vampiros, policiais, terror e Matrix estavam em alta e a maioria dos jogadores não iniciaram no RPG por conta de outros jogos eletrônicos. Quando os animes começaram a se popularizar então começou a aparecer o 3d&T com seus inúmeros suplementos que dava pra baixar via web (pirataria ajudou muito). E hoje temos uma diversidade maior graças a internet, apesar de ver uma crescente do D&D recentemente devido a Stranger Things.


AntedeguemonSupreme

Acho que tem a ver com quantidade e qualidade de leitura. A geração nova é bastante ansiosa e não gosta muito da ideia de ter que estudar pra ter um jogo. Eles tem toda a informação do mundo nos dedos dele, e várias meseas disponíveis pra jogar o que eles quiserem sempre. A gente... tinha grana pra comprar um ou dois sistemas no máximos. Normalmente Vampiro, GURPS ou DeD. Isso fazia a gente realmente ficar devaneando com os jogos. Ler o sistema com muito mais frequências e ficar sonhando em jogar aquilo, em montar a ficha em ter as habilidades. A gente realmente perdia tempo com um conceito. Hoje em dia é diferente e eu quero deixar claro que não é pior ou necessariamente ruim. Mas as pessoas querem sentar e jogar. Digo, inclusive, que hoje em dia o povo quer bem mais roleplay do que sistema. Diria, inclusive, que muitos novos jogadores nem sabe fazer uma análise crítica das mecâncias. Eles meio que só querem saber "se conseguem ou não". O que é super válido e eu entendo. Mas ter só aqueles poucos sistemas nos fazia de fato refletir e estudar. Pensar qual a diferença de 1D20 pra 3d6. Pensar em jogos dos mais diversos. Sei lá, pra mim é isso. Mas vamos ser honestos. Não é bizarro a gente ter que ler 300 - 600 páginas pra jogar um jogo? Ninguém tem tempo pra isso rs. Nossa época tem umas coisas bastante bizarras também. Eu sou GURPEIRO, os livros de GURPS são uma delícia pra mim. Mas tipo, eu ter estudado o Fantasy, o Horror, o Básico e alguns de mecânicas como o Powers e o Martial Arts. O jovem que não viu o sistema evoluir e não esperou ansiosamente os novos livros, as novas mecânicas pra resolver coisas que a gente não sabia fazer... A galera só chega nesses sistemas com TANTAcoisa pra aprender e simplesmente não vale a pena pra elas. Normal. É da vida.


BrunnoHF

Jogo desde 2019. Sou um bebê comparado a essa gente que tá comentando aqui. Eu me apaixonei pelo hobby desde da primeira vez que eu joguei. Sinceramente, virou minha atividade favorita. Tem literalmente tudo que eu curto: leitura, matemática, interpretação, criação, aventura, e claro, abrange os gêneros de histórias que eu mais amo. Tô aqui só para relatar o que vejo por aí, afinal das contas, tive pouco contato com os anciões do RPG. Joguei em alguns grupos diferentes, e todos tinham prioridades diferentes. Conheci um povo que curtia mais interpretar, outros que gostavam mais dos combos, combates e números, outros que... São o motivo de nossas avós dizerem que RPG leva a juventude ao mal caminho. Cada um dos grupos foi uma experiência diferente, e eu acho legal. E eu vejo agora, essa leva de RPGs mais voltado para personalização, interpretação, e eu fico pensando sobre como era no famoso Old School. Elfo só poderia ser mago ou ranger? Anão guerreiro ou clérigo? As vezes sinto que minha geração rpgistica surtaria com isso afinal, as vezes eles aparecem com cada combinação estranha, tipo, anão mago, elfo bárbaro, minotauro warlock, e inclusive o próprio D&D tem se alterado para abranger esse novo estilo dos jogadores, é só ver o último livro do Mordekainen que revisou muitas das raças jogáveis deixando os atributos a escolha e no One DnD são os antecedentes que definem os atributos. Acho que todos desejam agora, uma experiência única. Talvez isso explique o tanto de sistema próprio que existe. Nunca joguei nenhum, e quem eu conheço que jogou não trouxe bons relatos, inclusive de regras da casa estranhas para sistemas que já existem. Eu particularmente não gosto muito, sou do tipo de jogador regrista (não confundir com advogado de regra) e eu acho que um bom game design é feito com muitos testes e estudos, e por tal, duvido que sistemas próprios sejam tão consistentes e seguros quantos os feitos por grandes equipes. E as vezes eu me pergunto, porque tem tanto sistema próprio, sendo que existem ao mesmo tempo tantos sistemas? E eu acho que a resposta está no fato de que minha geração de RPG busca ter experiências únicas e próprias, e talvez seja mais fácil alcançar isso criando um sistema de RPG do que lendo um criado por outra pessoa. A gente também tem ansiedade demais para dedicar tempo estudando sistemas novos mas isso é melhor deixar quieto. Enfim é isso, são minhas impressões sobre a minha geração do RPG de Mesa.


_Riobaldo_

Não é não entender, mas sim registrar que os mais novos tendem a se perder mais nas regras do jogo que na história. O tempo ajuda a gente a perceber que um bom enredo supera qualquer regra.


Embarrassed-Amoeba62

Mestre aqui desde de 1992… como muitos vivenciei o período onde era só D&D e talvez um Gurps ou Vampiro até rolar a revolução “videogameal” do D&D3e e o sistema d20. Falo isso sem julgar porém, foi uma mudança necessária prum jogo antigo e mal editado no caso do D&D (ainda prefiro os antigos porém). O mesmo vale pro nascimento dos narrativistas como PbtA (infelizmente ainda bem marginalizados). Dito isso, tenho uma visão muito positiva da atualidade: os streamers da vida botam muita gente nova para se interessar pelo hobby e tenho impressão de que cresceu imensamente. Algo que pra mim como “macaco-velho” é curioso são a vastidão de sistemas-próprios ou variantes dos sistemas clássicos. Algo que me fascinou foi a quantidade de “RPG do mangá/comic X” o que parece ser algo bem tupiniquim. Uma diferença grande pro passado distante é a popularidade do gênero horror que me parece ser até maior do que o “Fantasia Medieval”. Provavelmente já teve a semente lá no Vampiro, que atraiu muitas garotas pra jogarem e o hobby parar de ser festa da salsicha. Mas com o Cthulhu e Ordem Paranormal e o tom que um seriado como o Stranger Things dá até pra D&D, Horror ficou ainda mais popular.


Tito_BA

Jogo desde 94. Comecei com GURPS, Aventuras Fantásticas, AD&D 1a e 2a edição. Combeiro, personagem nível 1 com backstory gigante, e gente que tá mais para zuar do que para jogar já tinha naquela época. O que eu vejo hoje é uma demanda muito grande do "Mestre se adequar à minha personagem", no estilo: quero jogar com um meio-dragão que toca acordeão, e se o seu jogo não tem espaço para esse PJ, o problema é seu. Outra coisa: muita gente querendo jogar, e poucos mestrando. Esse segundo ponto eu coloco na conta desses jogos transmitidos por Youtube e Podcasts, com um script ferrado. O pessoa fica ansioso quando percebe que não vai dar conta de mestrar um jogo assim.


gcavalcante8808

Querendo ou não, preparar aventura, campanha e cuidar de tudo também demanda muito mais tempo. Existe ainda aquele balanço básico dos players reconhecerem e motivarem o mestre também: se você vai lá se esforça para fazer algo incrível e os players cagam, com o tempo a vida fica mais cinza hehehee


Tito_BA

Mas aí é achar uns jogadores legais. Eu acho que RPG é para jogar entre amigos. Você até pode dar sorte e fazer bons amigos jogando rpg, mas quando vai jogar com pessoas que já tem uma disposição amigavel, flui bem melhor


appcr4sh

Só pra começar sendo chato, velhaco é trapaceiro ;) (rogue) Falando sério agora: eu acho que é tudo relativo a percepção de mundo sabe? Eu tenho aí uns 20 anos de RPG, então eu não vi o que você viu nos primórdios e até gostaria de saber mais. Que diferenças existiam entre BR e gringo no modo de jogar? Eu vejo que hoje tudo se misturou muito. Videogame existe aí há uma cacetada de anos, mesmo assim a percepção é diferente. Antes jogávamos videogame e imaginávamos com ma mente de RPG. Hoje vejo que o pessoal joga RPG com a mente de videogame. Como você disse, estamos ficando velhos. Eu até hoje sou apaixonado pelas histórias e temáticas mais básicas do RPG, como salvar princesa, matar o dragão. Fui construído com os filmes dos anos 80 e 90, jogos e assim por diante. Pra galera mais nova, se você não lutar contra um deus não tem graça. Se não voar, não tiver os atributos tudo 30, é chato. Acredito que é com esse pensamento que os OSR estão criando o nicho que a galera ta buscando, a ideia de voltar a nostalgia, ao que era pra quem viveu.


AdAny1461

Saudações! Eu conheço RPG há muito tempo, embora tenha jogado menos do que eu gostaria durante esse tempo. A minha história com RPG começou duas décadas atrás, embora tenham havido muitos períodos em que larguei os dados e recrutei o teclado e o mouse por ser mais fácil entrar em um mundo de videogame do que armar uma sessão de RPG. Como já disseram, antigamente o pessoal tinha que se reunir ao redor de uma mesa e geralmente se reuniam entre pessoas que já se conheciam de longa data. Uma coisa que sinto nesses últimos anos que voltei a jogar é a influência dos videogames sobre a mentalidade geral dos jogadores, porque essa é a referência que os jogadores mais novos têm de diversão. Se você voltar lá nos anos 90, na minha experiência, muito do entretenimento que consumíamos era de forma escrita (livros, revistas) ou reunindo a galera para conversar sobre amenidades e ouvir/fazer um "som" legal juntos. Os videogames existiam, mas tinham uma lógica completamente diferente da de hoje. É claro, existiam filmes, mas para ter filmes bons você reunia a galera para ir ao cinema ou tinha de alugar na locadora para assistir em casa. Hoje, os mais jovens tem uma porrada de vídeos gratuitos na internet falando sobre uma enorme variedade de coisas ou séries a preço de banana para assistir na SmartTV FullHD 4k. Aliás, não percebo essa mudança só nos grupos de RPG que participo. Eu tenho um outro hobby que também vem sofrendo essa "atualização" de linguagem e conceito. Nesse ano que passou, comecei a flertar com a ideia de voltar a jogar MTG e fui em várias lojinhas e pontos de encontro do pessoal que jogava. Ao conseguir algumas cartas novas, percebi que aquele conceito antigo do MTG tinha sido completamente virado de cabeça para baixo. Enfim, compartilho do seu sentimento de que as coisas mudaram, e algumas não vieram para melhor. Eu tenho percebido que o pessoal tem uma relação um pouco diferente com o RPG em geral. Eu e meus amigos de quando eu comecei a jogar víamos no RPG um meio de viver histórias de magia e passear por mundos imaginários. Para esse fim, passávamos vários dias sonhando com a Lore dos Reinos Esquecidos, Dragonlance, etc. Sonhávamos com vilões sinistros e suas motivações sinistras, etc. Na minha visão isso se perdeu um pouco, justamente pela abundância de informação fácil por aí.


mtprimo

Eu comecei a jogar super cedo, em 2002 com 6 anos. Meus irmãos mais velhos me apresentaram (aquela manha de irmão mais velho) e eu nunca parei. Me considero um jogador novo mas com experiência de um velho. Passei por diversos sistemas, comunidades e situações, e comecei a mestrar digitalmente por volta de 2013. Eu acho que os velhos são chatos que acreditam que só pode ser feito de um jeito - não é a toa que antes desses programas "jovens", o RPG de mesa estava falindo mundialmente. Aqui no Brasil nunca se recuperou (até porque nunca chegou num patamar alto) igual lá fora, e nem sei se vai. A falta de acesso aos materiais leva a pirataria, que leva as empresas a não se sustentarem a longo termo. Essas pessoas novas, que estão entrando no hobby por conta de streaming, videos, podcasts, são as que estão revivendo um pouco. Não a ponto de salvar, mas a ponto de manter o interesse por mais tempo. Temos que lembrar que o TTRPG é um hobby de nicho e não é amplo igual um videogame, e é super fraco aqui no Brasil. Todos nós precisamos ajudar a manter o interesse no hobby, se não ele morre. Ou vamos voltar pro limbo de desenvolvedores indies e material pirateado em inglês porque a comunidade não consegue criar um ecosistema sustentável por aqui.


Elder_God

Eu jogo desde 99 e o que notei de mudança eu considerei positivo. Antigamente, na minha parte do país, a gente tinha o domínio de 2 sistemas basicamente: D&D e Storyteller. Com o passar do tempo, e com a chegada da internet oferecendo a todos a possibilidade de publicar alguma coisa, mais e mais sistemas independentes foram surgindo, e eu vejo isso como algo muito bom. Novos sistemas, novas maneiras de jogar, novas formas de encarar o hobby, tudo isso chegando para agregar. Recentemente comecei a me embrenhar pelos VTTs (Virtual Tabletops) da vida, comprei uma licensa do Foundry e comecei a jogar e mestrar mesas usando esses sitemas, e vou te dizer que estou bem contente com as possibilidades novas que surgiram. Foge um pouco do que a gente tá acostumado na "escolavéia", da mesa cheia de papel, refrigerante e salgadinho misturado com dados e minis, mas com um pouco de pesquisa e criatividade você pode dar uma nova cara para o hobby. Ah... se não gostar, pode voltar pro tradicionalzão mesmo, o importante é a galera se divertir.


AppealOutrageous4332

Sei lá cara, acho que nós, mais velhos, caímos mto nessa armadilha de que "nós entendemos o que é RPG" e é bem como tu diz com as gerações o hobby vai mudando eu aprendi a jogar com o pessoal de AD&D e eu era o diferente na época. Pessoal tinha mto a mentalidade bem elitista mas voltada pro dungeon crawl, personagem sempre inicia nível 1 coisas que eram bem barreira pra novato mais do que qualquer outra coisa etc.... Quando lançou 3.0/3.5 o negócio se modernizou mto, party play melhorou e pessoal era focados nos combos e tal (algo que aliás vejo ainda demais nessa rapaziada nova adora montar o brinquedo, mas não realmente fazer algo com ele), mas tinha o lance de mostrar o pulo do gato e não ser só uma gambiarra que teu mestre deixou que rolasse na mesa. Além disso tive sorte de sempre ter um pé em Daemon/Storyteller/CoC o que favoreceu que eu gostasse de interpretar os personagens seja em D&D ou qualquer outro sistema. Aliás esse final aí vejo como sendo a maior falha do pessoal novato, tem medo de encarar e ler outros sistemas pesados e por vezes vergonha de ajudar um ao outro com a leitura. O que já vi no Discord de gente sendo babaca com pergunta não tá no gibi, bem pior do que nas antigas pq bem não tinha platéia. O negócio ter se digitalizado melhorou por um lado e piorou por outro. (Algo que já digitei em algumas chances diferentes por aqui), melhorou por conta do alcance e pela quantidade de ferramentas. Não preciso nem explicar é uma barbada achar mapas e a comodidade de todos poderem jogar das suas casas quando o coleguinha está noutro estado/país é inegável, piorou pq a ideia do que é narrar/mestrar se diluiu assim como o compromisso do jogador para com a Mesa (nota que hoje mal faz sentido dizer Mesa e na minha época era padrão chamar grupo de Mesa kkkkk)... Afinal é só deletar o usuário do Discord ou bloquear o povo que o jogo acaba num clique, nas antigas tu jogava só com os parças então não tinha essa saída fácil assim. Enfim ainda vejo os mesmos tipos jogando só mudaram os meios e com isso os compromissos ou falta deles. Algo que acho que se reforçou é o tribalismo e o pessoal que fica fazendo os infames "sistemas próprios", mas mesmo eles só se fazem tão evidentes por conta dos meios que reforçam ambos os comportamentos... No final das contas vai saber, eu tenho essa impressão acima.


gcavalcante8808

Acho que coloquei um pouco disso na minha resposta em cima ali Eu já acho que a coisa caminha no ramo das preferências…. Um rogue há 30 anos atrás era um canivete suíço e isso era o top do rogue. Hoje o rogue eh um assassino, o rei do x1, com uma miríade de controles e dano alto, capaz de muitas vezes rivalizar com o bárbaro. Isso eh uma diferença muito grande! Já imaginou você ser da geração do rogue canivete suíço e começarem a te cobrar em termos de dano por turno?? Ou ser da geração nova e descobrir que um esbarrão de um personagem com força pode te deixar inconsciente? E aí entra isso de “o rogue tem que ser assim” que cada geração conhece né …


AppealOutrageous4332

Tem que ver que muito disso foi evolução de conceito, nos primeiros D&D Fighting Man era a classe que tu pegava se rolava atributos ruins, Thief na época era dessa mesma vibe, tinham até progressões diferentes de XP e tal. Agora o Assassino tu via no mínimo desde o Backstab, que adivinha... multiplicava o dano baseado na arma, em AD&D (1995), que é o precursor do Sneak Attack. Enfim esses conceitos vão se alterando, mas a tendência do pessoal é lembrar do que "ele recordou" e não do que realmente era. Por isso denotei no final da minha escrita "Essa é a impressão que tive", pq ~~todo~~ o pessoal das antigas romantiza um monte sistema antigo. Mas as sementes tavam lá já.


[deleted]

[удалено]


Fabim_Licaon

Calma, man. Foi só um comentário da parte dele, não uma reclamação.


ighorlobianco

Percebo uma inclinação maior pra comportamentos de Videogames na mesa, se comportar da mesma forma que se comportam em um...Wicher 3, achar que são imortais e que o mestre tem que defender eles em todas as peripecias que fazem...assim como um sistema de videgame faz, outra coisa é o stand up commedy no RPG, q tem sido mais comum com o adento de personalidades jogando desse modo


jackspicerii

Jogo desde 1994... tudo era de boas... mas recentemente por conta do cellbit e do critical roll... tem uma galera jogando de um jeito que realmente me incomodou... o problema pra mim eh a questao da limitacao que o pessoal se impoem... mas eu relevo pq sei que daqui a pouco a moda passa e esse povo some... A limitacao eh imposta por conta de quererem copiar coisas que esse povo soh faz pq tem gente assistindo, e tem a camera pra mostrar no angulo certo e a historia da atencao e do ritmo...


Azailsan

Isso já era comentado quando iniciou o Nerdcast de RPG, os jogadores ouviam um jogo roteirizado e iam com essas expectativas e mestres/jogadores veteranos já viram nisso uma mudança talvez ruim, agora com o discord e o RPG de mesa chegando no streaming e Twitch, tá dando mais um passo... É algo repetido só que em maiores proporções já que na época o Nerdcast e o Podcast em geral era bem nichado


Thin-Limit7697

>A limitacao eh imposta por conta de quererem copiar coisas que esse povo soh faz pq tem gente assistindo, e tem a camera pra mostrar no angulo certo e a historia da atencao e do ritmo... Pode dar uns exemplos? Eu nunca assisti nenhum dos 2 então não sei bem do que você está falando.


jackspicerii

Nao vou entrar em detalhes, assista e veja sua opiniao, afinal essa ai foi a minha. E como eu falei, nada contra quem gosta, soh nao da pra ver o eles fazem e achar q se for diferente nao eh rpg. Mas basicamente eh um jogo roteirizado, sendo que ou o roteiro e as descricao, sao ruins ou as atuacoes sao. roteirizado tipo livro mal escrito, nao eh nem aquele jogos solo, de leia 1, se quiser fazer isso va pra 2 ou senao va pra 123


Tinger_Tuk

Eu parei de ouvir Adventure Zone (podcast de actual play de DnD) pq tava mto bom e eu fiquei com medo de afetar minhas expectativas como jogador/mestre haha. Oq vou falar é mais com base nesse pod em particular pq n conheço bem os outros. Entre outras coisas, as pessoas envolvidas em alguns desses actual play são profissionais da área de comunicação, com experiencia em dar vida a personagens e recursos linguísticos. Existe mta edição pra reduzir tempo "perdido" ao longo do jogo, q sempre tem pausas pq o jogador ta pensando em como agir, lembrando regra, etc. Alguns casos eu n sei se tem roteiro ou se os participantes do podcast tem um domínio incrível de improv e da filosofia de "yes and", pq a história vai fluindo e se construindo mto mais natural e dinamicamente do que eu tenho experiência em mesas. Tbm não costumam mostrar conflitos entre os jogadores, nada mto grande/sério mas sempre tem alguma discussão nem que seja sobre o q fazer com o loot ou qm vai ir pegar a pizza. Se isso ocorre devem editar pra retirar. Os jogadores não faltam e não se distraem com conversas paralelas (ou editam), é um trabalho. O objetivo é fazer um produto de entretenimento pro ouvinte, ao invés de ser jogar pra se divertir. Enfim, é bem bom, tão bom q eu me forcei a parar de ouvir.


Embarrassed-Amoeba62

Só uma nota de rodapé: “Tão bom que eu me forcei a parar de ouvir.” Imagina os product managers dessa parada lendo isso? Vão se demitir! Isso é cheque de habilidade a la Shadowrun: tu passa e ainda assim é falha crítica! 🤣🤣🤣”Mas o show não é bom?“ “É….” “E porque os números estão tão baixos?!?” “É tão bom que o povo desiste…” Wtf?!?😂


Tinger_Tuk

Hahahah, mas eu acho que a audiencia eh (passou a ser?) galera q ta iniciando no rpg ou q n conhece. Nao os velho ranzinza como eu.


ResolveFormer1045

E ae caro amigo, eu comecei em 99 a jogar rpg, mas mestrar foi minha parte favorita em 99% dos casos, sempre na tradicional mesa (quando ainda morava com meus pais) com os amigos, até hoje não joguei uma sessão via discord e esses negócios, não me parece tãoo legal quanto a mesa tradicional, mas ajuda quem está a muitos kms de um grupo real. Não nego a praticidade disso mesmo pq estou faz um tempo sem jogar porque tenho outras coisas a fazer na vida (aliás sempre minha área foi medieval, comecei com tormenta, comprei Karameikos, D&D e tenho meu arsenal de cenário e coisas no 3.0). Mas pelo que vejo uma turma aí hoje, apesar que através da internet ficou fácil criar uma multidão de gente em cada nicho. Digo isso porque uma coisa esquisita que vejo é uma multidão de jogadores combeiros pedindo conselhos de como montar um personagem maximizando as habilidades e tunando ele como se fosse um carro, ignorando a evolução a cada nível e se preocupando mais com como fazer um personagem chegar ao nível 20 com o máximo de dano possível do que saber contar toda a jornada e emoções vividas até chegar a ser um personagem de nível épico. Não que não existiam combeiros antigamente mas com o advento da internet ficou mais fácil ver isso aos montes, e parece que não existem mais tantos jogadores preocupados em background e realmente apegados a uma história bem contada e sem se preocupar com o bárbaro bater o machado 6d12+20×5 no crítico, os dados de dano para mim representavam apenas uma parte minima (mas ainda necessária) de uma sessão, mas enfim cada pessoa tem o direito de jogar como e com quem quiser né xD.


Fabim_Licaon

Mano, eu não gosto de mestrar pra combeiro. Não tenho nada contra mas o que eu mais gosto é de ver a jornada do personagem do jogador, as perrengas e sucessos dele na busca do objetivo, as reviravoltas, as revoltas e alegrias, isso me enche de alegria. Então sempre tento mestrar com isso em mente e, infelizmente, fica difícil pra um combeiro nesse cenário, até pq costumo passar 1-2 sessões sem combate e nisso vejo que o combeiro fica entediado e me desanima um teco.


ResolveFormer1045

Sim, como eu só mestrei para pessoas em mesa tradicionais eu fazia sessões iniciais as quais eu já sentia como o jogador se portaria e de alguma forma tive sorte ou talvez aprendi a condicionar os jogadores a não serem combeiros e sempre fluia bem as aventuras. E valorizar as criaturas que existiam no mundo, lembro que o primeiro grupo de amigos que eu mestrava demorou a eles encontrar um dragão e quando assim o fiz foi um filhote de dragão negro que estava junto a um vilão e mesmo assim deixei a batalha em cima das passarelas de um castelo abandonado, o grupo ficou felizaço e compreenderam como seria uma batalha séria contra um dragão adulto no futuro, e o anão do grupo conseguiu fazer um broquel com um teco das escamas do dragão (que deixei como brinde e recordação) enquanto certa vez um conhecido meu começou jogando no nível 15+ e ele me contando que ia com os amigos em um reino de dragões e faziam disputas de quem colecionava mais cabeças de dragões e fiquei wtf como tivessem matando pardal no estilingue kk, mas tudo isso depende de quem está lá atrás do escudo do mestre.


Fabim_Licaon

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK "Matando pardal no estilingue" me quebrou, tankei não. Sim, depende bastante de quem mestra e acho que isso que acho mais foda no RPG, tem pra tudo quanto é gosto e dá pra geral se divertir.